O dono do espaço é o seu Luis que cria os pirarucus em um tanque, com autorização do IBAMA. Além do tanque para a pesca, o espaço ainda tem uma pequena feirinha de artesanato com objetos de decoração e bijuterias – preços mais baixos do que os do mercado de Manaus – e um barzinho que oferece água de coco geladinha.
Para pescar pirarucu você paga 20 reais (Junho de 2015) e eles te dão varas de madeira com peixinhos amarrados em uma cordinha, que servem de isca. Na verdade, é uma pesca fajuta, sem machucar, pois colocamos a isca e apenas alimentamos os peixinhos.
Eu falei peixinhos? Bom, não é bem assim. O Pirarucu é um peixe gigante que pode medir até 2 metros e chegar a pesar 200 kg. É conhecido também como bacalhau da amazônia e seu nome deriva de duas palavras em tupi: pirá que significa peixe, e urucum que significa tintura (por causa da sua cauda vermelha). É considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo e é encontrado geralmente nas áreas de várzea da bacia amazônica.
Uma curiosidade é que a língua áspera do pirarucu é usada para ralar o guaraná. As escamas são aproveitadas para a confecção de artesanato, como as máscaras na foto abaixo e a carne usada na gastronomia regional em milhões de receitas deliciosas. Uma das mais conhecidas é o Pirarucu de Casaca preparado com postas de pirarucu seco, banana e farinha.
O que posso dizer sobre a pescaria é que a força desse peixe é inacreditável. A gente nem conseguia tirar ele da água, como vocês podem ver no vídeo que fizemos. E olha que esses que estavam no tanque, nem eram tão grandes. Eles puxam com uma força que te desequilibra do lugar.
O pirarucu é uma das principais fontes de proteínas e a base da alimentação das famílias ribeirinhas que vivem as margens dos rios da região. Para a proteção da espécie, desde 1991, é proibida a pesca do pirarucu entre os meses de Dezembro a Março, quando eles se reproduzem, e também foi estipulado o tamanho mínimo de 1,5m para a comercialização. Isso evita a pesca de peixes jovens que ainda não se reproduziram.
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